O grupo Atelier Linguagem e Trabalho, certificado pelo CNPq em 1997, constituiu-se no âmbito do Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL/PUC-SP). Reúne doutorandos e mestrandos desse Programa e pesquisadores de outras IES: UERJ, UFF, PUCRS, UFPA, UTFPR. Mantém, desde a sua constituição, intercâmbio com pesquisadores da Aix-Marseille Université (acordo Capes-Cofecub). As trocas acadêmicas têm tido continuidade principalmente com a Société Internationale d’Ergologie, associação científica que tem por objetivo fortalecer uma comunidade de parceiros interessados - segundo modalidades variadas - pela abordagem ergológica e pela exploração coletiva de novos horizontes intelectuais e sociais, visando à construção de conhecimentos sobre o trabalho. Além do diálogo com a Ergologia, os participantes do Atelier articulam-se em torno de contribuições da Análise do Discurso de tradição francesa, na perspectiva enunciativo-discursiva, tal como formulada por Dominique Maingueneau. Os resultados obtidos se dão a ver em publicações de livros, artigos e capítulos de livros; dissertações e teses; trabalhos em congressos nacionais e internacionais.

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O grupo Atelier desenvolve projetos seguindo duas linhas de pesquisas.

A linha de pesquisa Estudos discursivos tem por objetivo articular princípios teóricos e metodológicos necessários para o estudo do funcionamento dos mecanismos de produção e interpretação de textos que circulam em diferentes esferas de atividade: midiática, educacional, religiosa, política etc. Mobiliza a análise do discurso de tradição francesa, na perspectiva enunciativo-discursiva, e recorre, principalmente, a noções formuladas por Dominique Maingueneau.

A linha de pesquisa Linguagem e trabalho tem por objetivo estudar discursos sobre, no e como trabalho, ancorada, principalmente, na ergologia, abordagem pluridisciplinar, que vem construindo conhecimentos sobre o trabalho na relação entre os diversos saberes acadêmicos voltados para as questões do trabalho e as experiências, saberes e valores investidos pelos protagonistas da atividade. Construída coletivamente sob a direção do filósofo Yves Schwartz, tal perspectiva busca compreender a ‘atividade de trabalho’ por trás do ‘trabalho’ e procura fazer ver que não é apenas no nível macro que as questões do trabalho se revelam.

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